Líder do PT admite que houve acordo por vaga no TCU em negociação sobre apoio a Hugo Motta
Para o deputado Odair Cunha, acordo respeita o tamanho da bancada do PT, a segunda maior da Câmara. Apoio do PT a Motta foi oficializado na quarta-feira (30). ...
Para o deputado Odair Cunha, acordo respeita o tamanho da bancada do PT, a segunda maior da Câmara. Apoio do PT a Motta foi oficializado na quarta-feira (30). O líder do PT na Câmara, deputado Odair Cunha (MG), admitiu nesta sexta-feira (1º) em entrevista ao jornal "O Globo" que uma vaga para o partido no Tribunal de Contas da União (TCU) entrou nas negociações para apoio à candidatura do deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) à presidência da Câmara. O apoio do PT a Motta foi oficializado na quarta-feira (30). O deputado já conta com o suporte das maiores bancadas da casa. O PT tem o segundo maior número de deputados. Fica atrás do PL, de oposição ao governo Lula, que também fechou com Motta. As vagas para o TCU têm que ser aprovadas pelo Congresso e são preenchidas a partir de indicações feitas alternadamente por Câmara, Senado e Presidência da República. O acordo para fazer a indicação faria com que a Câmara endossasse o nome do PT para o TCU. "TCU foi colocado no bojo desse conjunto de preocupações, intenções, que a bancada sente-se no direito de reivindicar. O TCU não foi um elemento central da decisão. A governabilidade e a estabilidade institucional com uma disputa menos acirrada na Casa foram fundamentais", disse Cunha ao "Globo". A fala de Cunha confirmou uma declaração do atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que também anunciou apoio a Motta nesta semana. "O PT solicitou a indicação da bancada deles. Eles reclamam que politicamente nunca tiveram um representante no TCU. [Há o compromisso] com o PT, sim, de eles indicarem a vaga", afirmou Lira ao jornal "Folha de S. Paulo". Para o deputado Odair Cunha, o acordo respeita o tamanho da bancada do PT. "O que o PT reivindica é que seu tamanho e seu espaço sejam respeitados. Que nós não sejamos vítimas de um processo de blocagem contra o PT. Porque se as forças se unem contra o PT, pode reduzir o papel e a importância do partido", justificou.